Carne com sabor de Pantanal
Publicado em: 05 de dezembro de 2014
O bovino do Pantanal, região onde a área preservada é de 87% – quem garante é a Embrapa –, acaba de virar marca de carne natural gourmet (Foto: Valdemir Cunha/Ed. Globo) O gado nelore, dócil, porém não muito, convive amistosamente com pacas, veados, onças, jacarés e outros bichos no belo e hostil Pantanal. Come pastagem nativa ou antropizada livres de agrotóxicos, e adubos químicos no solo são proibidos. Ureia na engorda, antibióticos, nem pensar. A boiada enfrenta seis meses de seca brava e passa a outra metade do ano com o casco submerso. Devido às chuvas que caem a cântaros, é costumeiramente levada por uma comitiva de peões para um local seguro. Essa é, em resumo, a rotina da pecuária pantaneira. Há 250 anos.
O bovino do Pantanal, região onde a área preservada é de 87% – quem garante é a Embrapa –, acaba de virar marca de carne natural gourmet. A Korin, empresa de Ipeúna (SP) , pioneira na produção em escala de alimentos orgânicos, como aves e ovos, faz sua estreia no mercado de carne bovina lançando uma linha sustentável em cujo rótulo está retratado o cenário pantaneiro. A Korin é um dos elos recentes da parceria que a Associação Brasileira de Produtores Orgânicos (ABPO) e o WWF-Brasil, ONG ambientalista, firmaram há dez anos para a produção de carne certificada. Orientando e avalizando o trabalho no campo está a Embrapa Pantanal, que criou uma cartilha chamada Fazenda pantaneira sustentável com instruções aos pecuaristas e cujo foco está na produção de um alimento saudável, saboroso e em escala. Ao mesmo tempo, objetiva a preservação da cultura do homem pantaneiro e do ecossistema secular quase imaculado.
O acesso ao mercado fecha um círculo cujo objetivo é manter o pantaneiro numa das únicas atividades rentáveis na região, a pecuária, explica Reginaldo Morikawa, diretor da Korin. A intenção é abater 400 animais por semana até o final de 2015, informa Marcelo de Barros, de 31 anos, que, junto ao pai Nilson, de 61, faz cria, recria e engorda em duas fazendas do Pantanal. “A Korin entende de mercado e sabe o que o consumidor deseja. É o que faltava para nós que trabalhamos muito bem da porteira para dentro.”
A Korin adentrou o Pantanal e durante três anos estudou as propriedades. Paralelamente, constatou a lacuna no varejo pela carne bovina natural. Leia a reportagem completa na edição de dezembro de Globo Rural.
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Fonte:http://revistagloborural.globo.com/Noticias/Criacao/Boi/noticia/2014/12/carne-com-sabor-de-pantanal.html
Publicado por: Câmara
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