Região pode ter usina para tratar o lixo
Publicado em: 08 de junho de 2013
Os municípios da região de Rio Claro estão discutindo a construção de um aterro regional ou usina para o tratamento do lixo. A informação foi divulgada nessa sexta-feira (7) pelo prefeito de Santa Gertrudes, Rogério Pascon, em entrevista ao programa Jornal da Manhã, da Rádio Excelsior Jovem Pan. Segundo ele, reuniões foram feitas e é provável que haja novidades sobre o assunto no ano que vem.
Pascon comenta que a destinação do lixo é uma preocupação dos municípios, que têm até agosto de 2014 para elaborar os planos municipais de resíduos, conforme determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos. A lei estabelece que em 2014 os lixões devem ser fechados e os rejeitos (a parte dos resíduos que não puder ir para a reciclagem) somente poderão ser destinados aos aterros sanitários.
Rogério Pascon comenta que a criação de uma usina de reciclagem vem sendo discutida, já que para as pequenas cidades torna-se inviável economicamente a construção de usina própria. Segundo ele, para se tornar viável, a usina precisa de uma produção de 250 toneladas de resíduos por dia. Santa Gertrudes produz 25 toneladas/dia. A cidade não conta com aterro e leva seu lixo para o município de São Pedro.
Rio Claro produz cerca de 160 toneladas de lixo por dia, sendo que apenas 30% são reciclados. O restante é levado para o aterro sanitário, cuja vida útil está perto do fim, em torno de dois anos. A prefeitura tem projeto para ampliação do aterro e da vala industrial.
Para isso, o município
comprou a área anexa ao aterro sanitário com extensão de 17 alqueires. O investimento foi de mais R$ 3 milhões. Também está em andamento a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico.
O município de Cordeirópolis também conta com aterro municipal mas, segundo Pascon, tem apenas mais dois anos de vida útil. A Prefeitura de Analândia construiu um aterro sanitário, mas o local nunca foi utilizado e o lixo produzido na cidade é transportado para Guatapará. O governo municipal explica que o custo do transporte mensal é menor do que a manutenção do próprio aterro.
Ipeúna também não tem aterro próprio e dispõe o lixo no aterro sanitário de São Pedro, conforme informações da Cetesb (Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental). Segundo relatório da agência, Corumbataí tem condições adequadas de disposição dos resíduos sólidos.
A produção de lixo é grande no Brasil. De acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico do Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE), cada brasileiro produz, em média, 1,1 quilograma de lixo por dia. No país, são coletadas diariamente 188,8 mil toneladas de resíduos sólidos. Desse total, o lixo tem destino inadequado em 50,8% dos municípios, onde os resíduos são depositados nos 2.906 lixões que o Brasil possui. Apenas em 27,7% das cidades brasileiras o lixo vai para os aterros sanitários e em 22,5% delas, para os aterros controlados.
Publicado por: Câmara
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