Em busca de tratamento para a filha, família cria serviço modelo à pessoa com deficiência
Publicado em: 21 de novembro de 2011
Filha de Bela é atendida no Caicafi; sua história de vida incentivou a mãe a buscar meios para melhor atendê-la em suas necessidades especiais
http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=OVUfLCARjCc
Adriel Arvolea
A história do Caicafi - Centro de Apoio e Integração à Criança, Adolescente e Família de Ipeúna, está vinculada aos seus fundadores Jaime de Oliveira Loyola e Bela Borges de Souza Loyola.
Em julho de 1997, nasceu Larissa de Souza Loyola, terceira filha do casal, apresentando toxoplasmose congênita, com sequelas de deficiência visual e mental. Dessa forma, a batalha em busca de amparo e assistência profissional para assessorar a filha começou.
Durante longos anos, consultaram e visitaram instituições especializadas para que a filha recebesse tratamento digno e estimulação adequada. O tempo passou e a menina demonstrou avanços significativos, o que incentivou seus pais a criarem a unidade, uma vez que o município de Ipeúna não possuía trabalho semelhante.
Conforme conta a coordenadora Bela Loyola, a ideia de se criar uma instituição foi saindo do papel e tomando consistência em 10 de novembro de 2003. “Há oito anos, deu-se a constituição do Caicafi, tornando-se uma instituição filantrópica sem fins lucrativos para atender crianças e adolescentes portadores de necessidades especiais e suas famílias”, explica.
Atualmente, 50 pacientes recebem a atenção do Centro, perfazendo um total de 400 atendimentos gratuitos mensais. Um corpo clínico composto por psicólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudióloga, pedagoga e grupo de convivência é responsável em estimular constantemente os portadores de necessidades especiais durante as sessões. Mas, se hoje o trabalho é referência, muitos foram os obstáculos superados para que o objetivo maior de ajudar as pessoas fosse alcançado.
Bela diz que enfrentou o próprio medo quando soube do problema de saúde da filha. Acima disso, superou o preconceito e a falta de informação da sociedade quanto à questão da deficiência física e mental. “A Larissa poderia, agora, estar sem estímulos e numa cama, mas o meu caso serviu para buscar meios de ajudá-la dignamente e aos outros também”, reforça.
Assim, o serviço oferecido foca as famílias dos pacientes atendidos, buscando orientá-las e integrá-las ao ambiente familiar e social, facilitando a compreensão e a aceitação das dificuldades apresentadas, estreitando os laços afetivos que acreditamos ser essenciais para o desenvolvimento dos pacientes.
“Dos casos atendidos, vemos não só o desenvolvimento do paciente, mas o da família em termos de empenho e maior atenção dada ao filho. É por meio da informação e do conhecimento que enfrentamos o preconceito e temos condições de enxergar o próximo com olhos de amor, carinho e atenção”, argumenta.
Mas, para que o trabalho amplie suas ações, é preciso a adesão de novos parceiros. Interessados em apoiar e ajudar o Caicafi podem contatar a unidade pelos telefones: (19) 3576-1350 ou 81913-180, estando localizada na Avenida 5, 409, Centro, Ipeúna. E-mail: contato@caicafi.org.br.
Fonte: http://jornalcidade.uol.com.br/rioclaro/intervalo/beneficente/84055--Em-busca-de-tratamento-para-a-filha-familia-cria-servico-modelo-a-pessoa-com-deficiencia -
Publicado por: Câmara
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